Até à Idade Média, a cultura da vinha complementava a restante produção agrícola do Alentejo.
A partir do século XVII, esta tornou-se numa importante cultura da região, com um grande impacto económico subjacente. Foi também a partir deste período que o vinho de Borba começou a destacar-se graças às suas características únicas.
A prosperidade de Borba, em pleno século XVIII, está inteiramente ligada ao vinho, tendo induzido mesmo um significativo movimento Iluminista visível ainda hoje na arquitetura de muitas casas senhoriais. A assinatura do Tratado de Methuen contribuiu ainda mais para este desenvolvimento, uma vez que foi acordada a isenção de taxas alfandegárias para a exportação de vinhos portugueses para Inglaterra, o que realçou a qualidade do vinho português face ao francês.
Por outro lado, e a partir do século XIX, registou-se uma grande inovação tecnológica no setor vitivinícola. Se, até então, eram usadas exclusivamente talhas de barro, a Revolução Industrial levou ao surgimento dos primeiros lagares (em Borba: lagares de mármore), prensas e de outros equipamentos de adega. Foi também neste período que surgiram as primeiras famílias a abraçar esta cultura, com escala de produção, numa lógica do que viria a ser o vitivinicultor profissionalizado.
Atualmente Borba é a segunda maior sub-região vitivinícola do Alentejo, ligando várias vilas e cidades como Estremoz, Terrugem, Orada, Vila Viçosa, Rio de Moinhos e Alandroal. Todas elas distinguem-se por solos únicos e depósitos de mármore que influenciaram em grande escala a sua viticultura e o caráter dos seus vinhos.
As manchas alargadas de xisto vermelho, distribuídas heterogeneamente por terras pobres e austeras, marcam a tipologia alternativa de Borba, uma das sub-regiões mais dinâmicas do Alentejo.
De salientar por fim o seu microclima especial, que assegura índices de pluviosidade levemente superiores à média, bem como níveis de insolação ligeiramente inferiores, proporcionando vinhos especialmente frescos e elegantes.