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As Castas Brancas de Borba

A Adega Cooperativa de Borba possui diferentes castas brancas com características únicas. Fique a conhecê-las nesta artigo.

Castas Brancas Adega de Borba
25 de Agosto, 2021

Com origem no latim, o nome Casta significa pura, sem mistura. Cada variante apresenta uma diferenciação própria, quer ao nível da folhagem, dos cachos (tamanho e forma), e igualmente do seu sabor.

Em todo o mundo, são cultivadas mais de 10.000 variedades, sendo Portugal um dos países que alberga um maior número de castas únicas e exclusivas, nomeadamente no Alentejo e, mais especificamente, em Borba. 

Fique a conhecer neste artigo as principais castas brancas da Adega Cooperativa de Borba que têm contribuído para a criação de vinhos de qualidade reconhecidos mundialmente.

 

Rabo de Ovelha

 

Está dispersa por todo o país, especialmente no Alentejo, Ribatejo e Estremadura, mas também no Douro, onde é conhecida por Rabigato. Os vinhos que origina são de cor citrina, com aromas discretos, ligeiramente frutados, equilibrados e de média intensidade, com notas florais, vegetais e até minerais. Sendo uma casta de teor alcoólico considerável, normalmente entra em lote com outras variedades, melhorando o rendimento sem perda de qualidade. Os vinhos de Rabo de Ovelha têm uma boa longevidade e acidez elevada.

 

Roupeiro

 

É a principal casta de uva branca do Alentejo, conhecida noutros locais como Síria. Trata-se de uma variedade muito produtiva, que se caracteriza por cachos com forma piramidal-alada e bagos pequenos de tamanho uniforme. A Roupeiro origina vinhos delicados, frescos, elegantes e com uma tonalidade citrina. 

Apresenta aroma frutado a laranja e limão, com sugestões de pêssego, melão, loureiro e flores silvestres.

 

Antão Vaz

 

Pouco se sabe acerca da origem desta casta que se encontra apenas no Alentejo, onde é bastante valorizada. Está bem adaptada ao clima quente e soalheiro das suas planícies, com cachos volumosos, compactos e bagos grandes de película dura. 

De cor citrina, origina vinhos firmes, estruturados e encorpados, com aromas exuberantes como as notas de fruto tropical maduro, revelando o sabor de manga, pêssego, fruto tropical e mel.

 

Tamarez

 

É um segredo que o Alentejo guarda, embora tenha surgido na região do Tejo. Outrora cultivava-se noutras zonas, mas com diferentes designações. 

Os vinhos apresentam uma cor citrina-amarelada. São ligeiramente frutados, com acidez moderada, onde se destacam as notas de alperce, tangerina, fruto seco e herbáceo doce. 

Entra em lote com outras castas brancas, melhorando o rendimento sem perda de qualidade.

 

Vindima Adega de Borba
Colheita da uva e início da produção de vinho na Adega de Borba.

 

Arinto

 

É provavelmente a casta branca com maior expressão no território nacional, sendo na região dos Vinhos Verdes chamada de Pedernã. Muito versátil, a Arinto apresenta cachos de tamanho médio, compactos e com bagos pequenos. Os vinhos têm um excelente equilíbrio entre álcool e acidez. 

O aroma é relativamente discreto, onde sobressaem notas de maçã verde, lima e limão. É frequentemente utilizada na produção de vinhos de lote e também de vinho espumante.

 

Verdelho

 

Esta casta está entre as mais nobres variedades portuguesas, sendo uma das responsáveis pela grande qualidade do Vinho da Madeira, região onde é tradicionalmente cultivada.

Responsável pelo sucesso dos vinhos generosos do mesmo nome, floresce na costa norte da ilha, a elevadas altitudes, oferecendo uvas com acidez notável e nível de açúcar razoável. 

A casta apresenta cachos pequenos e compactos compostos por bagos “miúdos” de cor verde amarelada, produzindo vinhos aromáticos e equilibrados, com aroma a frutos tropicais, maracujá, minerais e lima. 

São néctares bem estruturados, equilibrados e com sabor persistente. 

 

Fernão Pires

 

É uma das castas mais plantadas em Portugal, tradicionalmente nas regiões do Tejo, Lisboa e Bairrada. Tem uma produtividade e um nível de versatilidade elevados, sendo rica em compostos aromáticos (o que ajuda a explicar a sua popularidade). 

Os vinhos de Fernão Pires mostram uma cor citrina e acidez equilibrada, com aroma a lima, limão, tangerina, flor de laranjeira, rosa e ervas aromáticas. 

O seu paladar é persistente e fino. Para além de Portugal, a casta Fernão Pires tem sido plantada com algum sucesso na África do Sul e Austrália. 

Os seus vinhos devem ser bebidos jovens.

 

Gouveio

 

A casta Gouveio é tradicional sobretudo na região do Douro e do Dão. Trata-se de uma casta produtiva, medianamente generosa nos rendimentos, sensível ao oídio e às chuvas tardias, com cachos médios e compactos que produzem uvas pequenas de cor verde-amarelada. 

Oferece vinhos frescos e vivos de cor esverdeada, com um excelente equilíbrio entre acidez e açúcar. A sua boa graduação alcoólica torna estes néctares encorpados, elegantes e com uma capacidade para um bom envelhecimento em garrafa. 

A Gouveio apresenta-se com os aromas frescos dos citrinos, com notas a pêssego e anis.

 

Alvarinho

 

Alvarinho é uma casta originária do Noroeste peninsular, responsável pelo sucesso dos vinhos da sub-região de Monção e Melgaço. 

É vigorosa, mas pouco produtiva, com cachos pequenos e elevada proporção de grainhas. 

Origina vinhos com elevado potencial alcoólico, boa estrutura, elegantes e perfumados. A acidez é viva, com o predomínio de fruto cítrico e fruto tropical, este último principalmente no Alentejo. 

Possui notas aromáticas de pêssego, limão, maracujá, lichia, casca de laranja, jasmim, flor de laranjeira e erva-cidreira.

 

A reter…

 

A região do Alentejo reúne as condições ideais para o desenvolvimento de várias castas, devido ao seu clima e exposição solar. Estas e outras características, entre as quais os solos ou a geografia, atribuem aos vinhos um carácter único e singular. 

Por esse motivo, muitos foram vários os prémios já ganhos em diferentes competições mundiais pela Adega Cooperativa de Borba ao longo da sua história. 

O sabor suave dos seus brancos, ligeiramente ácidos, e com notas de frutos tropicais, desde cedo se distinguiram pelo seu paladar.

Nos últimos anos têm sido colocadas no mercado novas referências de vinhos monovarietais que dão a conhecer as características únicas das castas brancas típicas do Alentejo.

 

Castas Brancas Adega de Borba
Em Portugal a vindima ocorre em diferente meses, consoante a localização da vinha e a espécie da uva.
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