João Ventura da Silva (1976 a 2002)
Perfil
• Terceiro Presidente da Adega Cooperativa de Borba.
• Profissão: Viticultor e Olivicultor.
• Eleito para a Direcção com 50 anos de idade.
• Dado o facto de ter gerido a agência de Borba do Banco Português do Atlântico, tinha uma rede de contactos alargada em toda a região.
Contextualização do seu mandato (principais acontecimentos)
• Em 1976 inicia-se uma nova fase de investimentos, nomeadamente: a construção de balões para vinho e aguardente, um pavilhão para armazenagem, uma prensa contínua e um sem-fim para condução de massas. Por outro lado verificou-se a montagem da primeira linha automática de engarrafamento de vinho, com capacidade para 8.000 garrafas/hora e a aquisição de outros equipamentos de produção.
• Em 1977, o técnico da Junta Nacional do Vinho não conseguia dar resposta a tantas solicitações, pelo facto de acompanhar obrigatoriamente várias Adegas. Por esse motivo a Adega Cooperativa de Borba contratou um técnico residente de enologia.
• Em 1979 a Adega contava com 43 colaboradores.
• Nesse ano, 188 associados entregaram aproximadamente 7.000 toneladas de uvas à Adega.
• Nesta década a Adega Cooperativa de Borba obteve o 1º prémio para o melhor vinho da colheita de 1970 e várias menções honrosas atribuídas pela Junta Nacional do Vinho.
• A nível Internacional ganhou, com o vinho da colheita de 1977, o Diploma de Honra com Medalha de Ouro nas categorias de vinho branco e vinho tinto, na 28º Foire Internationale Viti-Vinicole (Vino Ljubljana).
Depois da década de 80…
• É a partir deste momento que se dá início à grande expansão da Adega ao nível das instalações, dos equipamentos e do seu volume de negócios com a compra de um terreno perto da sede.
• No início desta década foi adquirida uma nova linha de engarrafamento automática com o objetivo de aumentar a capacidade instalada e escoar o produto para exportação.
• Para melhoria da qualidade, em 1984 a Direção aprovou o “Regulamento Interno de Disciplina à Qualidade”, onde eram recomendadas uma seleção de castas e de procedimentos a adoptar.
• O número de colaboradores aumentou para 51, em 1981, e para 88, em 1987.
• Na década de 80 foram obtidas diversas distinções pela Junta Nacional do Vinho como o 1º prémio nas categorias de melhor vinho tinto e melhor vinho branco, e a Taça para o melhor vinho tinto (colheita de 1983).
• Internacionalmente a Adega ganhou a Medalha de Ouro na categoria de vinho tinto VQPRD pela colheita de 1989 no concurso “Monde Selection”.
A partir da década de 90…
• A década de 90 é caracterizada essencialmente pela continuação da expansão da Adega. Foram construídos silos para acondicionamento de balsa, modernizou-se a destilaria, adquiriu-se uma nova linha de engarrafamento, máquinas para a rede de tratamento de águas, uma nova prensa e novas cubas de fermentação.
• Foi igualmente adquirido um prédio urbano situado no Largo Gago Coutinho e Sacadura Cabral que, depois de remodelado, deu origem às instalações da Loja da Adega.
• Por outro lado, a Direção aprovou a compra de um armazém no Rossio de Cima, para armazenagem de matérias subsidiárias, e ainda um terreno, com o objectivo de construir uma nova adega para vinhos regionais.
• Em 1993 a Adega adquiriu a icónica marca Montes Claros à Família Mendonça, antigos armazenistas e produtores de vinho de Borba. Esta marca é atualmente comercializada e continua a manter os elevados padrões de qualidade reconhecidos na altura.
• No final desta década deu-se início à construção da área de vinificação, com o objetivo de equipar a adega com os equipamentos mais modernos de transformação de uva.
• Nesta altura, a Adega contava já com 70 colaboradores.