Passeio a Pé na vila de Borba

Natural ou construído, o património borbense existente é rico. Na zona Alentejana dos mármores, o que marca particularmente a paisagem são as pedreiras, a vinha, as oliveiras e os pomares, os principais sectores económicos. As casas brancas, a proximidade da Serra d’Ossa são outros pormenores que salpicam a paisagem. O património construído é ele mesmo também diversificado e constituído por marcos assinaláveis: A Fonte das Bicas, a Muralha Medieval da Vila, os “Passos” da Via Sacra, o Convento das Servas, as igrejas e ermidas, o monumento alusivo à Batalha de Montes Claros, o Convento e a Quinta do Bosque, a Quinta do General e todo o património arquitectónico particular em que o mármore abunda em diversificadas formas artísticas.

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  • Castelo ou cerca medieval da Vila de Borba: fundado por D. Dinis em 1302, de planta quadrilateral, com a Porta do Celeiro a sul, a Porta de Estremoz, a ocidente, e a Torre do Relógio.
  • Fonte das Bicas: o mais notável monumento civil da vila, edificada em 1781, em mármore branco de Montes Claros, com 5 carrancas, um elevado frontispício divido em 4 pilastras guarnecidas de grinaldas, uma cornija ostentando o escudo coroado da Casa Real Portuguesa. É acompanhado dum chafariz do gado e dum antigo lavadouro público.
  • Igreja Matriz: fundada em 1420, mas o actual edifício data do 3º quartel do Séc. XVI, de sóbrias linhas de alvenaria ligeiramente escaiolada nas pilastras, de planta interior rectangular com 3 naves e 6 tramos.
  • Passos do Senhor: certamente obras da década de 1750-60, de estilo barroco, em planta quadrangular, esculpidas em mármore branco: Passo dos Terceiros, do Alto da Praça, da Rua da Aramenha, da Rua Marquês de Marialva…
  • Igreja do Real Convento das Servas: templo do Séc. XVI, incluindo um dos maiores claustro do país. Como o determinava a regra franciscana, tem as portas públicas laterais, traçadas ao eixo do edifício. O interior é apenas iluminado por 2 janelas e 2 portas, e composto por uma nave retangular, coberta por um altar decorado de ricos azulejos policromados, 2 altares e 2 coros.
  • Anexado à Igreja do Real Convento das Servas, a Capela do Senhor Jesus dos Aflitos: fundada em 1676, de arquitetura barroca, cuja fachada é totalmente revestida a mármores em xadrezes escuros e claros, sobrepujada por a imagem de S. Francisco de Assis. O interior é de planta retangular com tecto redondo. Nos alçados, e respeitando a tradição da irmandade rasgam-se 8 nichos envidraçados com os titulares da Ordem.
  • Solares e palácios: numerosos edifícios de vários pisos, com janelas de sacada ornamentadas por formosas grades férreas: Casa Nobre dos Morgados Cardosos, Quinta do General, Palácio dos Fidalgos Silveira Menezes, Solar dos Fidalgos Sousa Carvalho Melo, Palácio da Família Alvarez, Palacete do Dr. Bustorff Silva, etc.

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De passeio nos arredores:
  • Padrão comemorativo da Batalha de Montes Claros: Monumento Nacional do Séc. XVII, edificado para celebrar a gloriosa vitória da batalha de Montes Claros no local onde se travou o mais aceso da renhida luta. De mármore branco, com uma coluna de ordem dórica, encomada pela coroa real fechada.
  • Ermidas: Ermida de S. Gregório (Séc. XVI), de Nª S.ª de Guadalupe (Séc. VI), de S. Lourenço (anterior ao Séc. XVII), de Santo António (Séc. XVIII), etc.

Outros pontos de interesse:

  • A paisagem da região é pontuada de numerosas pedreiras de mármores, de vários tipos e cores segundo a localização.
  • Uma antiga tradição da zona: as Antiguidades e Velharias.
  • Os fabricantes de queijos e de enchidos, familiares ou mais industrializados, continuam a defender os sabores e receitas tradicionais.

Ao nível gastronómico, a diversidade é grande mas pode caracterizar-se de sabores fortes tradicionais: migas, açordas, ensopado de borrego, gaspacho, sopa de cação, enchidos, queijos e doçarias conventuais por exemplo.

Para mais informações consultar: www.cm-borba.pt

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