Novidades da Adega de Borba cantaram alto no Belcanto

 

Novidades da Adega de Borba cantaram alto no Belcanto

Em Junho a empresa apresentou oito novidades, propostas diferenciadas para cada momento, de três diferentes gamas: Adega de Borba Rosé 2011, Senses Alvarinho 2011, Senses Touriga Nacional 2010, Senses Syrah 2010, Montes Claros Reserva Branco 2011, Montes Claros Reserva Tinto 2010, Adega de Borba Premium Tinto 2010 e Montes Claros Garrafeira Tinto 2008.

O evento decorreu no restaurante Belcanto, em Lisboa, com ementa desenvolvida pelo chef José Avillez especialmente para o momento. No encontro foram convidados jornalistas e bloggers, que verifcaram, in loco, a qualidade dos vinhos apresentados. Após as boas vindas, animadas por alguns dos novos néctares, seguiu-se o almoço, em que foram servidos cinco dos vinhos agora lançados.

José Avillez não precisa de grandes apresentações. Embora jovem, o chef é um dos expoentes da cozinha em Portugal, tendo ganho, no seu antigo restaurante, uma estrela do influente Guia Michelin. Além do reconhecimento do mais prestigiado guia de gastronomia, José Avillez tem acumulado prémios e distinções.

Embora licenciado em Comunicação Empresarial e Marketing, a cozinha sempre foi a sua grande paixão, tendo mesmo apresentado uma tese académica dedicada à cozinha portuguesa. Ao longo da sua carreira passou por importantes restaurantes, de chefs como Alain Ducasse, Ferran Adrià, Claude Troisgros e Eric Frechon.

A ementa do almoço de apresentação dos novos vinhos da Adega de Borba foi composta por cinco pratos e um amuse bouche, acompanhados, cada um, por um néctar diferente.

 

O Amuse Bouche foi acompanhado por Senses Alvarinho 2011. Nas palavras do chef: «comprovamos aqui a versatilidade do vinho, pequenos bocados de sabores fortes e intensos combinam e contrastam com o ataque aromático a fruta de árvore e citrinos. Notas vegetais e muita frescura, frutos maduros e tropicais, com um final, vegetal e fresco».

 

 

 

 

O primeiro prato, propriamente dito, foi «Sapateira e abacate»,acompanhado por Montes Claros Reserva Branco 2011. José Avillez descreve o momento: «Sapateira e abacate, a desconstrução do guacamole, o sabor a mar com as notas vegetais, de citrinos e especiarias. Um jogo de texturas e aromas a combinar com um vinho interessante, com aromas a fruta de árvore, tropical e citrinos. Ananás, maçã verde… Seco e fresco, boa estrutura e equilibrado».

 

 

 

A seguir apresentou-se um «Foie Gras cozido a vapor com Cerejas do Fundão», ao qual se juntou Montes Claros Reserva Tinto 2010. O chef definiu o encontro: «Para não haver distracções, evitámos a caramelização do foie gras… Promovemos assim a naturalidade do sabor intenso e definido do fígado gordo, que combinamos com a frescura com notas doces e aciduladas da cereja. Na harmonia com um vinho com aromas a frutos vermelhos. Framboesas, cerejas em compota, com boa estrutura, taninos bem equilibrados com álcool, final especiado e frutado, com algumas notas abaunilhadas».

 

 

 

A arte é uma das paixões de José Avillez. O pintor gestualista Jackson Pollock deu a inspiração ao prato de raia, baptizado com o nome do artista. Com uma aparência sedutora e colorida, foi apresentada uma placa ilustrativa da evocação. Para acompanhar a «Raia – Jackson Pollock» foi escolhido o Adega de Borba Premium 2010. «Uma homenagem ao artista que aqui se rende à presença do cabernet sauvignon, num jogo de texturas e sabores salgados, que temperam a asa de raia, em salmoura ligeira, cozinhada na frigideira com tomilho limão, a combinar com o vinho frutado, com especiarias e envolvente, bem equilibrado, boa estrutura, taninos bem presentes e limados, final bem persistente e vegetal»

 

 

O quarto prato foi «Vitela de comer à colher», unida a Montes Claros Garrafeira 2008. José Avillez sublinhou a criação e seu casamento com o vinho: «Vitela de comer à colher com molho das mãozinhas e cominhos. Um prato potente, com sabores fortes e persistentes, acompanha um grande vinho com aromas de frutos de bosque, eucalipto, frutos maduros em compota e especiarias, erva-doce. Na boca é macio, cheio, seguro e consistente».

 

 

 

 

Para terminar uma sobremesa elegante e sedutora: «Chocolate e framboesas com flor de sal», que foi sublinhada com o Adega de Borba Licoroso Premium. O chef explicou as iguarias e sua maridagem: «Chocolate e framboesas com flor de sal, quatro dos cinco sabores básicos estão aqui representados na sobremesa, que acompanhamos com um vinho de aroma intenso a frutos vermelhos em compota e chocolate. Aveludado, fresco, notas de frutos maduros, passa de ameixa. Taninos firmes».

 

 

 

 

O enólogo da Adega de Borba, Óscar Gato, apresentou cada um dos vinhos, elucidando acerca dos anos das vindimas, lotes, características organoléptica, e deu indicação de quais os melhores momentos e ligações para os degustar.

Óscar Gato salientou que, «na colheita de 2010, os vinhos tintos apresentam características para uma boa evolução em cave, equilibrados em álcool, acidez, antocianas e polifenóis, ao passo que os tintos da colheita de 2011 têm mais cor, estrutura e maior equilíbrio, nomeadamente em acidez e elegância». Assim, a equipa da Adega de Borba aguarda que tenham «uma evolução favorável durante o estágio”.

O enólogo da Adega de Borba referiu ainda que, «de uma forma global, o comportamento das castas foi muito bom, sobretudo na colheita de 2011.Os vinhos brancos têm mais frescura e destacam-se pela predominância de fruto tropical».

Por seu turno, Manuel Rocha, CEO da empresa, sublinhou que «as colheitas de 2010 e 2011 revelaram um excelente comportamento, permitindo dotar as diversas marcas da Adega de Borba de uma qualidade acrescida. As gamas Montes Claros e Senses saem especialmente favorecidas, com novas colheitas já medalhadas a ouro em concursos internacionais».

Se os vinhos foram especiais e a ementa de superior imaginação e requinte, a ligação dos pratos e dos vinhos foi sublime. Melhor seria impossível.