Vindima 2012 – Um ano difícil com final feliz

O ano de 2012 não foi fácil para a viticultura do país, não fugindo o Alentejo do panorama de dificuldade. Todavia, para a Adega de Borba o resultado é muito positivo.

O stress hídrico verificado desde o Inverno agravou-se na Primavera, que conheceu escassa pluviosidade, tendo o Verão sido também seco. Porém, o ciclo vegetativo da uvas teve uma evolução gradual e normal até à completa maturação. A vindima foi longa, tendo-se iniciado a 27 de Agosto e terminado a 3 de Outubro.

Em termos fitossanitários não houve sobressaltos, com as uvas a mostrarem-se muito sãs. Assim, os frutos entraram na Adega de Borba em equilíbrio, em termos de açúcar e acidez. A conjugação destes dois factores permitiu um resultado bastante positivo, sendo sinónimo de uma muito boa qualidade.

Quanto a quantidades, o presente ano não fugiu da normalidade, apesar de alguma diminuição face ao ano transacto.

A Adega de Borba recebeu em média 550 toneladas de uva por dia, durante cerca de cinco semanas de vindima.

Roupeiro e Arinto foram as castas brancas predominantes, em termos de quantidade obtida. Nas tintas, o protagonismo foi para as variedades Aragonês e Trincadeira, embora a Syrah tenha tido também bastante relevância.

Quanto a percepções olfactivas e gustativas, nos vinhos brancos regista-se boa acidez e frescura, com aromas de frutos tropicais e citrinos que se harmonizam e que apresentam uma grande persistência. Os tintos apresentam boa cor, equilibrados na acidez e com boa estrutura. Estes néctares percepcionam frutos maduros, com grande suavidade, elegância e bom volume de boca.