Manuel Joaquim Canhão (1958 a 1976)

Perfil

• Segundo Presidente da Adega Cooperativa de Borba.

• Profissão: Agricultor.

• Homem influente na região de Borba, onde detinha várias vinhas e olivais.

• Dentro do seu leque de bens constavam também uma adega, um lagar próprio de azeite e um alambique. Como quase todos os proprietários da altura, era associado do Grémio da Lavoura de Borba.

• Em 1958 a Direção da Adega Cooperativa sofreu uma alteração, tendo eleito Manuel Joaquim Canhão como Presidente. Os restantes elementos da Direcção mantiveram-se.

Contextualização do seu mandato (principais acontecimentos)

• Na vindima de 1958/59 existiam 107 associados, dos quais apenas 57 tinham dado entrada de uvas na Adega. A capacidade de produção revelava-se assim insuficiente para uma maior resposta ao mercado.

• A 27 de Dezembro de 1959, em Assembleia Geral, foi decidida a aquisição de uma camioneta para a distribuição, com o objectivo de escoar a produção e poder aumentar o preço de venda do garrafão de vinho. Nesta altura era apenas comercializado vinho a garrafão ou a granel. O posto de venda da Adega estava instalado no edifício do Grémio da Lavoura, que também assegurava grande parte do trabalho administrativo.

• Nesta fase inicial o vinho era maioritariamente vendido em garrafões de 5L, tendo como principais clientes as inúmeras tabernas de Borba e das localidades próximas. Só passados 3 anos se iniciou a comercialização em grades de madeira de 12 garrafas de vidro pirogravadas de 1L.

• Das colheitas de 1958 e 1959, a Adega Cooperativa de Borba obteve o 1º prémio para o melhor vinho tinto, atribuído pela Junta Nacional do Vinho.

A partir da década de 60…

• Registaram-se diferentes investimentos na Adega como a ampliação dos tegões e novas prensas, resultando num aumento da sua capacidade de vinificação e de fermentação.

• Nesta época o vinho da Adega Cooperativa de Borba podia já ser encontrado com grande facilidade na região de Lisboa, onde existia uma boa estrutura de distribuição.

• Novas distinções atribuídas pela Junta Nacional do Vinho: 2º prémio para o melhor vinho branco (colheita de 1963); 1º prémio para o melhor vinho tinto (colheita de 1964); 3º prémio para o melhor vinho tinto (colheita de 1966).

• No final da década de 60 começaram a aparecer os primeiros tratores, o que não alterou a forma de transporte das uvas, que continuava a ser dentro de tinos. A carroça era ainda um meio de transporte muito utilizado.

• A equipa de colaboradores era, nesta altura, composta por 20 elementos.