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Histórias do Vinho no Alentejo Histórias do Vinho em Borba Cronograma histórico

Histórias do Vinho no Alentejo

Já considerada uma das grandes regiões vinícolas do mundo, desde cedo que o Alentejo recebeu as mais diferentes distinções que exaltam a sua beleza, história e tradição. É relevado com frequência a preservação ambiental que a região conseguiu desde sempre manter.

Sendo constituída por vários concelhos interiores dos distritos de Portalegre, Évora e Beja, as mais de 3.000 horas de sol anuais tornam-na numa região com grande aptidão para a produção de vinhos de excelência.

Para tal, muito contribuiu o dinamismo das Adegas Cooperativas, pautadas pela experiência, sabedoria e conhecimento passados de produtor em produtor, de geração em geração. Assim, a viticultura alentejana não só dinamizou a economia de toda a região, como se tornou num postal para turistas dos quatro cantos do mundo.

As extensas planícies ondulantes povoadas de vastos olivais e vinhas, extensos montados de sobro e azinho (o Alentejo é o primeiro produtor mundial de cortiça), parques naturais, zonas de caça e albufeiras, conferiram-lhe uma diversidade de paisagens pautadas igualmente por uma baixa densidade demográfica. Por esse motivo, conjugam-se na atualidade marcos arquitetónicos, como palácios, igrejas, castelos ou casas senhoriais, com novas opções de alojamento destinadas ao turismo rural. O “Monte Alentejano” é a verdadeira imagem de marca destas paisagens.

O enoturismo veio por seu lado dar uma nova força à região, com impacto direto nas receitas, mas também atuando como um instrumento de divulgação global da cultura enófila.

24.000

Hectares de Vinha no Alentejo

8 sub-regiões

Denominação de Origem Controlada

4 solos

Graníticos, calcários, mediterrânicos e xistosos

Com uma área de vinha a rondar os 24.000 hectares (incluindo as vinhas que estão em reestruturação e novas plantações), o Alentejo Vitivinícola subdivide-se em 8 regiões DOC (Denominação de Origem Controlada): Portalegre, Redondo, Reguengos, Vidigueira, Évora, Granja/Amareleja, Moura e, não menos importante, Borba.

Nesta grande mancha é aceite a produção de um vinho certificado com IG – Indicação Geográfica Regional Alentejano. No seio desta vasta área estão delimitadas 8 pequenas sub-regiões, nas quais se inclui Borba, que se definem pela tradição e tipicidade na produção de vinhos.

Nas sub-regiões, áreas mais restritas, onde se inclui Borba, é possível produzir um vinho com qualificação DO Alentejo, símbolo da tradição e tipicidade que caracteriza estes vinhos.

As características distintas dos solos existentes consoante a zona (graníticos, calcários, mediterrânicos ou xistosos), o clima e as práticas vitivinícolas permitiram, desde cedo, oferecer vinhos de qualidade, aliando o sabor à tradição.

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Histórias do Vinho em Borba

Até à Idade Média, a cultura da vinha complementava a restante produção agrícola do Alentejo.

A partir do século XVII, esta tornou-se numa importante cultura da região, com um grande impacto económico subjacente. Foi também a partir deste período que o vinho de Borba começou a destacar-se graças à sua qualidade diferenciada. Por esse motivo, a prosperidade da região está diretamente ligada ao desenvolvimento da produção de vinho.

A assinatura do Tratado de Methuen contribuiu ainda mais para este desenvolvimento, uma vez que foi acordada a isenção de taxas alfandegárias para a exportação de vinhos portugueses para Inglaterra, realçando deste modo a qualidade do vinho português face ao francês.

Por outro lado, e a partir do século XIX, registou-se uma grande inovação tecnológica no setor vitivinícola. Se, até então, esta era efetuada exclusivamente em talhas de barro , a Revolução Industrial levou ao surgimento dos primeiros lagares (em Borba: lagares de mármore), prensas e de outros equipamentos de adega. Foi também neste período que surgiram as primeiras famílias a abraçar esta cultura, com escala de produção, numa lógica do que viria a ser o vitivinicultor profissionalizado. 

São muitos os exemplos destas famílias, falaremos aqui apenas de duas que tiveram um papel de relevo na evolução do vinho de Borba.

A família Mendonça e a Casa Comercial que criaram em Borba por volta em 1893 é um bom exemplo desta nova geração de empresários do vinho. Grandes comerciantes de vinhos e também produtores em Borba tiveram a visão de introduzir novas castas, valorizar o vinho da região pela criação de marcas, sendo assim que lançaram uma das marcas mais icónicas da região: “Montes Claros”.

José Maria Mendonça
Processo produtivo
Idevor Mendonça
Descarga das uvas
Vindima
Transporte de uvas

A família Rézio (Mariano e Esmeralda Rézio, casados em 1937) teve também um percurso digno de realce. A passagem da primitiva técnica da vinificação em talha, com uma adega com 46 talhas de barro num piso térreo da sua habitação, para se assumir como um dos 12 fundadores da Adega Cooperativa de Borba e membro da primeira Direção.

Filhos e netas inauguraram em Junho de 2021 a Casa Museu Interativa de Borba na casa da família, homenagem a este percurso e testemunho de um modo de produção secular, e que é uma paragem obrigatória para quem visita Borba.

Apesar deste crescimento, existiram alguns marcos que criaram oscilações na cultura da vinha, como é o caso da crise mundial da filoxera, as invasões napoleónicas ou a Campanha do Trigo, que impôs a cultura de cereais no Alentejo (mito do celeiro de Portugal). Ainda assim, a partir da década de 40 do séc. XX, a vinha já estava novamente pujante na região, tendo surgido nessa altura os primeiros grandes produtores. Foram alguns desses produtores que movidos pela insatisfação pelas condições desfavoráveis que tinham no comércio de vinho e conscientes da necessidade de evoluírem económica e tecnicamente, levaram à fundação, em 1955, da Adega de Borba, uma das primeiras a ser criada em Portugal. 

Mariano Rézio
Mariano Rézio
Esmeralda e Mariano Rézio na casa

Conheça mais sobre a história da Família Mendonça

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Conheça mais sobre a história da Família Rézio

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Cronograma histórico

Adega de Borba ainda mais sustentável A Adega Cooperativa de Borba obtém certificação do ‘Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo” (PSVA), aplicada às Vinhas e Adegas (vinificação e engarrafamento de vinhos brancos, tintos, e rosés, vinhos licorosos e espumantes, destilação e engarrafamento de aguardentes).
Compromisso com Borba e com o Meio Ambiente Consequência do trabalho desenvolvido desde 2007, reduzimos o consumo anual de água, aumentámos a produção de energia solar e integrámos novos sócios no Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo.
Lançamento do PSVA O Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo (PSVA) foi lançado pela Comissão Vitivinícola Regional Alentejana em parceria com a Universidade de Évora. Trata-se de um programa de adesão voluntária que tem como objetivo principal incutir junto dos inscritos as melhores práticas para aumentar a competitividade e sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo.
Construção da Adega “Nova” Com este investimento foi possível aumentar a capacidade de vinificação de vinhos tintos premium, de estágio de vinhos em barricas e de armazenagem de produto acabado.
Aposta no Enoturismo Iniciaram-se neste ano as visitas, provas e seminários na Adega, de modo a promover a nossa produção.
Adoção de práticas sustentáveis Adotadas as primeiras práticas de sustentabilidade, no que toca à promoção da eficiência energética, à eficiência da gestão da água e à gestão de resíduos.
Início do processo de certificação ISO A Adega de Borba foi certificada pelas atividades de vinificação e engarrafamento de vinho branco, vinho tinto, vinho rosé, vinho espumante, licoroso, aguardentes e subprodutos do processo produtivo.
Aumento das instalações da Adega de Borba A Adega sofreu um processo de modernização profundo com um investimento que ascendeu a 8 milhões de euros, permitindo aumentar a capacidade produtiva e de armazenagem.
Criação da certificação “DOC Alentejo” Criação da marca coletiva e de certificação “DOC Alentejo” - Denominação de Origem Controlada - que veio substituir a designação VQPRD.
Aquisição da marca “Montes Claros” Várias décadas após o lançamento da marca Montes Claros pela casa “António Mendonça Herdeiros, Lda”, a Adega de Borba decide adquiri-la.
Primeiro vinho com certificação VQPRD do Alentejo Lançamento do primeiro vinho VQPRD (Vinho de Qualidade Produzido em Região Determinada) do Alentejo, neste caso, o “Adega Cooperativa de Borba Branco”.
Criação da CVRA A criação da CVRA (Comissão Vitivinícola Regional Alentejana) surge sobretudo para garantir a certificação, a regulamentação e o controlo da disciplina de produção dos vinhos do Alentejo. Virá também a ter alguma intervenção ao nível da sua promoção.
Lançamento das primeiras Denominações de Origem Controlada Foi neste ano criada legislação para regulamentar a qualidade e tipicidade dos vinhos em todas as sub-regiões do Alentejo, Borba incluída.
Início das exportações Primeira exportação de vinhos da Adega Cooperativa de Borba com destino a Macau.
Fundação da ATEVA Criação da ATEVA (Associação Técnica dos Viticultores do Alentejo), na qual a Adega de Borba participou ativamente. Esta associação visa prestar os serviços de assistência técnica aos viticultores associados.
Primeira colheita do vinho Rótulo de Cortiça Lançamento do primeiro vinho tinto Reserva pela Adega de Borba: “Adega Cooperativa de Borba Reserva – Rótulo de Cortiça”. Veio a tornar-se uma referência em toda a região, no país e um ícone em diversas geografias mundiais.
Primeiros engarrafamentos de vinhos na Adega de Borba A aposta em garrafas foi um ato inovador para a época, contribuindo para a revolução tecnológica na produção de vinho no Alentejo.
Lançamento da marca “Montes Claros” É neste ano que é registada a marca “Montes Claros” pela empresa “António Mendonça Herdeiros, Lda”.
Fundação da Adega de Borba A Adega de Borba foi uma das primeiras a ser criada em Portugal. A sua constituição representou um marco na procura de uma remuneração mais justa para as uvas dos seus associados, imprescindível à sustentabilidade do setor.
Ressurgimento lento da cultura da vinha na região Após o fim da 1ª Guerra Mundial assiste-se a um novo desenvolvimento da cultura da vinha e da produção de vinho em Borba.
Crise global da produção de vinho Surgem a partir deste ano as primeiras notícias que davam conta da infestação da filoxera, um inseto que devastou toda a viticultura mundial. Este é considerado um dos reveses históricos da produção de vinho em Borba.
Florescimento da cultura da vinha no Alentejo Verificou-se na segunda metade do século XIX a introdução de inovações mecânicas fruto da Revolução Industrial, com um impacto no desenvolvimento económico na região.
Invasões Napoleónicas de Portugal Registou-se entre 1807 e 1810 um abrandamento do cultivo da vinha em grande parte ocasionada pela onda de destruição e morte que durou até meados do século XIX.
Retirada das vinhas em Portugal Tendo em conta que a balança comercial portuguesa era muito deficitária (importavam-se grandes quantidades de trigo), Marquês de Pombal ordenou a retirada das vinhas. Esta medida foi fortemente contestada, nomeadamente pelo povo de Borba, vindo a ser abolida mais tarde por D. Maria I.
Valorização do vinho de Borba O vinho em Borba foi pela primeira vez valorizado no livro Santuário Mariano: “He esta villa abundantíssima de todas as cousas necessárias á vida humana […] no que hé mais abundante, hé nos vinhos, que os tem excelentes.”
Crescimento da produção de Vinho em Borba A partir do século XVIII regista-se uma evolução exponencial na produção de vinho em Borba com um impacto claro económico e social. O desenvolvimento da vinha chegou a provocar uma escassez local de cereais para a alimentação.
Batalha de Montes Claros A última e mais decisiva batalha da Guerra da Restauração dá-se no sítio de Montes Claros, em 17 de Junho de 1665. Batalha sangrenta e com milhares de “baixas” de ambos os lados – Portugueses e Castelhanos. Hoje como na época, Montes Claros é terra de vinha. Refere o historiador que a vinha dificultou então a progressão da cavalaria naquela batalha.
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Borba é destruída Em 1662, numa das incursões da Guerra da Restauração, o exército castelhano cerca Borba, que virá a ser totalmente destruída, sendo o seu governador Rodrigo da Cunha Ferreira e dois dos seus oficiais enforcados a mando de D. João de Áustria.
Conclusão do Convento das Servas de Cristo O Convento das Servas de Cristo, pertencente à Ordem de Santa Clara, foi construído durante o séc. XVII, sendo a obra concluída em 1644. Trata-se de uma construção monumental com um dos maiores claustros do país, preservando-se no interior um importante núcleo de pintura mural dos séculos XVII e XVIII. O arquiteto responsável pela construção deste monumento terá sido remunerado pelo seu trabalho com vinho. A marca de vinho Convento da Vila surgiu assim como homenagem ao Convento das Servas.
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A primeira adega em Borba Na Idade Média há referência ao surgimento da primeira adega em Borba junto a uma porta do Castelo, com uma base nas talhas de barro introduzidas pelos romanos.
Borba define-se como concelho Foi a 15 de junho de 1302 que o rei D.Dinis concedeu o primeiro foral, constituindo Borba como concelho.
Início da Construção do Castelo de Borba A construção do Castelo de Borba, localizado em zona de grande importância estratégica para as defesas das fronteiras nacionais ao longo do século XIII, arranca após a conquista cristã do local durante o reinado de D. Afonso II, em 1217. A marca de vinho Castelo de Borba surgiu assim como homenagem a esta importante fortificação.
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Primeiro revés do vinho Após a invasão muçulmana na Península Ibérica, assiste-se a uma significativa intransigência com a produção de vinho na região.
Primeiras Talhas de Barro Introdução das Talhas de Barro pelos Romanos, para a fermentação e armazenagem dos vinhos.
Introdução da vinha no Alentejo Estima-se que a cultura da vinha tenha sido introduzida no Alentejo pelos “Tartessos”, considerado o povo fundador da primeira civilização da Península Ibérica.
Hoje Adega de Borba ainda mais sustentável A Adega Cooperativa de Borba obtém certificação do ‘Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo” (PSVA), aplicada às Vinhas e Adegas (vinificação e engarrafamento de vinhos brancos, tintos, e rosés, vinhos licorosos e espumantes, destilação e engarrafamento de aguardentes).
2017 Compromisso com Borba e com o Meio Ambiente Consequência do trabalho desenvolvido desde 2007, reduzimos o consumo anual de água, aumentámos a produção de energia solar e integrámos novos sócios no Programa de Sustentabilidade dos Vinhos do Alentejo.
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